EPI – Equipamento de Proteção Individual para a aplicação de agroquímicos
Para obter êxito na produção, é necessário cumprir uma série de fatores que vão, desde a preparação do solo, a qualidade da semente, a aplicação de agroquímicos, os cuidados com o plantio e a colheita.
Aplicação correta dos agroquímicos em todas as categorias (fungicidas, inseticidas, herbicidas e demais grupos), nos permite obter uma colheita de qualidade. A aplicação correta destes produtos, seguindo as recomendações técnicas ou a experiência do agricultor, ajudam na obtenção exitosa no desenvolvimento das culturas, tanto as raízes, como também de superfície, uma vez que protegem do ataque dos patógenos e fornecem nutrientes.
Como todos os produtos químicos, a não utilização das medidas preventivas correspondentes e os equipamentos de segurança, podem resultar em problemas. Dentre os problemas que podem ser ocasionados no corpo humano por um agroquímico, temos:
- Sintomas de intoxicação por pesticidas:
- Náusea, dor de cabeça, tontura, dores no peito, bolhas na pele, diarreia, visão turva.
- Sintomas de intoxicação avançada:
- Vômito, dificuldade para respirar, pupilas dilatadas e inconsciência.
Proteção para a cabeça
A cabeça pode ser protegida por um único EPI ou como parte de um macacão com capuz. A vantagem na combinação deste tipo de roupa, garante a proteção do pescoço e impede que o agroquímico derramado sobre o capuz suje a roupa de trabalho utilizada por baixo. A proteção da cabeça deve cobrir todas as partes acima dos ombros, exceto o rosto. O material utilizado deve ser resistente à penetração de agroquímicos.
Proteção dos olhos e rosto
Deve-se utilizar uma máscara EPI que cubra todo o rosto até abaixo da mandíbula para proteger contra respingos acidentais de líquidos perigosos enquanto os recipientes são abertos ou ao despejar o líquido. Utilizar óculos transparentes ao manusear pós e grânulos.
Proteção respiratória
As máscaras EPI de proteção respiratória podem cobrir a metade do rosto, o nariz e a boca, ou todo o rosto, ou seja, nariz, boca e olhos. Sua função é impedir a inalação de substâncias agroquímicas perigosas. Um dispositivo de filtro na máscara remove substâncias perigosas por absorção, adsorção ou simples filtração. A filtração é realizada por um filtro metálico. Em se tratando de agroquímicos altamente perigosos, o ar é filtrado por um tubo ou filtro que contém outras substâncias químicas (carvão ativado) que fixam as partículas perigosas. O usuário deve se assegurar do ajuste correto da máscara no nariz e na boca e de que tenha recebido as informações corretas e necessárias sobre a utilização e manutenção. Os tubos devem ser renovados periodicamente e as máscaras devem ser substituídas regularmente para garantir sua eficácia.
Luvas de proteção
As luvas são necessárias quando há a manipulação de agroquímicos concentrados, particularmente pesticidas. É muito comum sua absorção pela pele ou que causem queimaduras. Devem ter pelo menos, 0,4 mm de espessura, sem perder a flexibilidade para tarefas simples como a abertura de recipientes ou a mudança de bico. O tipo de luva para uma atividade específica dependerá do agroquímico e do tempo de contato. Por exemplo, podem ser utilizadas luvas que cubram os punhos para a aplicação convencional de pesticidas tóxicos, luvas que chegam até os cotovelos para a manipulação de grânulos e luvas que chegam até o ombro para a imersão de plantas em pesticidas. Geralmente, luvas fabricadas com neoprene, nitrila ou viton não podem ter espessura inferior a 0,4 mm, para resistirem a maior parte dos agroquímicos. As mangas dos macacões devem ficar sobre as luvas, para que os respingos de pesticida caiam no solo e não dentro das luvas.